Biblioterapia


Idealizado pela professora Jussara Vilar Formiga, da disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente, e pela bibliotecária Vanessa Camilo, ambas da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE), em Mossoró, um projeto tem transformado os dias de crianças internadas no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).
Denominado Biblioterapia, o projeto consiste na contação de histórias duas vezes por semana para cada criança presente no hospital, inclusive a ala de urgência e emergência, onde a rotatividade dos paciente é bem maior do que na ala de internamentos.
Além das idealizadoras, o projeto conta com a colaboração da ouvidora da faculdade, Ângela Rodrigues Gurgel, e de um grupo de estudantes de enfermagem de diferentes períodos do curso.
A colaboradora Ângela Gurgel explica que como o projeto está iniciando agora, foi decidido que seria selecionado um número menor de estudantes, mas que nas próximas edições do projeto serão abertas mais vagas para outros estudantes poderem participar, facilitando assim o atendimento da demanda e aumentando o número de visitas ao hospital.
As visitas acontecem sempre nas segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h.
A proposta do projeto é ajudar na recuperação das crianças que estão nas alas pediátricas do hospital. Segundo a coordenadora da Biblioterapia, essa é uma maneira encontrada para distrair os pequenos, seus pais, e ainda possibilitar conhecimentos para novos públicos.
“A gente realmente acredita que projetos desse tipo ajudam no tratamento, na aceitação do ambiente hospitalar. Possibilita as crianças uma viagem para outros mundos através da leitura. Além disso, algumas crianças criam um vínculo com a contadora de histórias e quer que a leitura sempre seja feita pela mesma estudante”, frisa Jussara Vilar.
O grupo realiza tanto leituras individuais, como leituras coletivas, dependendo da idade das crianças presentes no mesmo quarto. A idade da criança também é fundamental na hora de escolher a história que será contada. “A criança pode escolher a história que quer ouvir entre os livros indicados para sua idade. Além disso, ela pode escolher se quer ouvir a história, ler sozinha, ou ler e contar para a contadora”, lembra Ângela Rodrigues.
E cada criança tem a sua história preferida, as participantes do projeto afirmam que os meninos preferem histórias de aventura, de super-heróis, enquanto as preferidas das meninas são as histórias de princesas.
Crianças e pais felizes
Internado há quase 15 dias devido um problema de artrite, Francisco Thiarly Alves de Souza, de 11 anos, diz que, além do tratamento que as vezes é dolorido, devido às medicações, é ruim ficar no hospital por que está longe de casa e tem saudade dos amigos, de brincar.
A mãe do menino, Andréia Alves de Souza, diz que acha importante a visita das estudantes, porque ajuda os pequenos pacientes a se distraírem, a passar o tempo. “Eles acabam esquecendo o problema, é muito bom”, fala.
Já a mãe do pequeno Gustavo Mazile Santana Torres, de 2 anos e 6 meses, que está internado há mais de 5 dias devido uma infecção na perna, afirma que a leitura anima o seu filho, que vive perguntando quando vai para casa.
Ao todo, o projeto que teve início no mês de setembro, já atendeu 37 crianças.
A coordenadora pede o apoio dos mossoroenses com a doação de livros de histórias infantis, para poder aumentar a variedade da biblioteca do projeto. As doações podem ser feitas na sede da FACENE, que fica na Avenida Presidente Dutra, Alto de São Manoel, ou entrar em contato com a Faculdade que o grupo vai buscar o livro onde o doador estiver.
 

Livros para curar o incurável

A vida é cheia de momentos em que só a literatura pode nos ajudar

DANILO VENTICINQUE
10/09/2013 08h47 - Atualizado em 10/09/2013 18h28

Nunca acreditei nas promessas da autoajuda, mas sempre confiei no poder curativo da literatura. Não importa qual situação enfrentemos na vida, há sempre um personagem de ficção que passou por ela, ou memórias de outras pessoas que superaram os mesmos dramas. Poucas experiências são tão transformadoras quanto ler o livro certo no momento certo – e há um livro certo para qualquer estado de espírito. Se você desconfia de todos ao seu redor, há um livro que pode ajudá-lo. Sente-se traído por uma pessoa amada? Há um livro para isso. Está entediado com a futilidade da vida e em busca de um significado para tudo? Há um livro (ou talvez todos) para isso.  
Como qualquer pessoa com um trabalho vagamente relacionado à literatura, vez ou outra sou procurado por alguém que quer indicações de livros. No início, ciente da minha ignorância, eu desconversava. Com o tempo, perdi a vergonha. Indicar o melhor livro para cada pessoa e cada situação tornou-se um desafio delicado e recompensador. Não é necessário qualquer treinamento para se tornar um terapeuta literário: apenas o gosto pela leitura, uma memória razoável e um pouco de pretensão. 
A busca pela indicação ideal ultrapassa os limites da minha estante. Perdi a conta de quantas vezes indiquei um livro que eu não havia lido, com base na vaga impressão de que seria a leitura perfeita para aquela pessoa, naquele momento. A falta de regulamentação para os terapeutas literários permite essas irresponsabilidades. Fora isso, minha pequena experiência nessa área me convenceu de que é possível conhecer um livro sem jamais ter encostado nele.  
Uma das autoras que mais indiquei sem ter lido foi Joan Didion, de O ano do pensamento mágico e Noites azuis. No primeiro, a autora descreve sua solidão após perder o marido, com quem viveu por quase 40 anos. No segundo, narra sua vida após a morte da filha, apenas 20 meses depois. Os dois livros entraram merecidamente nas listas de mais vendidos. É provável que você já os tenha lido, ou tenha ouvido falar deles. Comprei os dois quando foram lançados, mas nunca me senti preparado para lê-los. Mesmo assim, Joan Didion sempre foi minha recomendação para amigos e conhecidos que procuravam um livro para ler após enfrentar uma grande perda.  
No último sábado, passei por uma dessas situações em que recorremos aos livros em busca de consolo: a morte inesperada de um grande amigo, em circunstâncias particularmente dolorosas. Na literatura, no cinema e na música, há milhares de obras que nos alertam sobre a finitude da vida e nos aconselham a aproveitar cada momento ao lado de pessoas queridas. Lamento não ter seguido os conselhos. Perdi a chance de passar mais tempo com uma das pessoas mais incríveis que conheci. A caminho do velório de meu amigo, na mesma igreja em que fui padrinho de seu casamento, não pude deixar de lembrar de todas as vezes em que deixamos de nos encontrar por preguiça, e de imaginar as conversas que poderíamos ter tido. Um doloroso e inevitável exercício de ficção.
Eu tinha outros planos para esta coluna, mas preferi deixá-los para uma semana melhor. Em vez disso, decidi seguir, com anos de atraso, a minha própria recomendação. Dediquei o resto do fim de semana a ler Joan Didion. Devagar, como quem reaprende a pensar na vida. Ainda não terminei nenhum dos livros. Tenho pouco a dizer sobre eles. Tanto tempo depois do lançamento, as melhores e as piores resenhas já foram escritas. O que importa é o que os livros têm a dizer para mim e o que já disseram para os outros leitores. Foi uma indicação acertada, tanto para eles quanto para mim.
Por alguma coincidência, o luto é o tema principal de dois livros que mencionei em colunas recentes. Nina Sankovitch, de O ano da leitura mágica, só decidiu ler um livro por dia durante um ano porque tentava recomeçar a vida após a morte de sua irmã. Em O clube do livro do fim da vida, as conversas literárias de Will Schwalbe e sua mãe só se tornam rotineiras quando ela começa a passar por sessões semanais de quimioterapia.
Diante da certeza de que "a vida muda num instante", como escreveu Joan Didion, nada mais natural do que recorrer aos livros para retomar o controle. São provas vivas de que não estamos sozinhos. Podemos contar com os pensamentos e as experiências de outra pessoa que enfrentou uma situação igual ou pior. Não a esqueceu, mas sobreviveu a ela e teve força para narrar sua história. Transformada em livro, a dor do autor pode ser um remédio para quem lê. 
Acesso: 13/09/2013

Entrega de Livros no Hospital Regional de São José - SC

Câmara Catarinense do Livro doa 241 publicações ao Hospital Regional de São José

O Setor de Humanização do Hospital Regional de São José recebeu, no início desse mês, uma doação da Câmara Catarinense do Livro (CCL). Trata-se de 241 publicações que foram arrecadadas durante a 6ª Feira Catarinense do Livro por meio da campanha Saúde nas Entrelinhas. 

Os livros doados, assim como outros que já fazem parte do acervo, estão à disposição dos pacientes na biblioteca do hospital e no Carrinho de Cultura, que percorre os andares e as unidades de internação oferecendo variadas publicações. A doação dos livros ocorreu no início deste mês e foi feita pela presidente da Câmara Catarinense do Livro, Irene Rios, pelo diretor social da entidade, José Vilmar, pela secretária Rosangela Leszkiewicz e por Anderson Reitz, responsável pela criação da arte da campanha Saúde nas Entrelinhas. A Câmara Catarinense do Livro é uma entidade sócio-cultural e sem fins lucrativos, criada com o objetivo de unir as entidades literárias e os livreiros de Santa Catarina, bem como promover e divulgar a obra dos autores do estado. 

Fonte: 


Foram doados 701 livros de literatura para adultos, arrecadados na campanha “Doe livros – Ajude a preencher este vazio”, durante 6ª Feira Catarinense do Livro, com o tema “Saúde nas Entrelinhas”, promovida pela Câmara Catarinense do Livro.
Irene Rios, presidente da Câmara Catarinense Do Livro, com Aline Kehl de Campos, do Setor de Humanização do Hospital.

Irene Rios, presidente da Câmara Catarinense Do Livro, com Aline Kehl de Campos, do Setor de Humanização do Hospital.

José Vilmar, diretor social da CCL, Irene Rios, presidente da CCL, Aline Kehl de Campos, do Setor de Humanização do Hospital e Rosangela C. Leszkiewicz, secretária da CCL.

Irene Rios, presidente da CCL, Anderson Reitz, criador da arte da campanha e Aline Kehl de Campos, do Setor de Humanização do Hospital Regional de São José.

Oficializando a entrega dos livros.

Oficializando a entrega dos livros.

Termo de doação.

Carrinho utilizado para levar os livros aos pacientes do hospital.

Momentos do 10º Dia do Evento


Música


 Poesia e Música
 






Poesia 



 
 
Sessões de Autógrafos
 
 
 
 
Musical



Momentos do 9º Dia do Evento

Contação de Histórias
 
 



 
Sessões de Autógrafos




Chorinho - La Chorona
 

 CAS - FCEE - A Histórias dos 3 Porquinhos em Libras

 








Visitantes




Mágico Franco do Vale


Espetáculo O Frankolino





Lançamentos de Livros



Momentos do 8º Dia do Evento

Livros e Leitores



Contações de Histórias com Rodrigo Calistro





Histórias de Terror na sala de Vídeo








Voz e Violão



Daniel


Sessão de Autógrafos com Silvio Melo de Souza Júnior


ONG Me Ensina